Meu Malvado Favorito é um dos filmes de animação mais populares e queridos das últimas décadas. Lançado em 2010, o filme conta a história de Gru, um vilão em busca de se tornar o melhor do mundo em seu ramo. No entanto, sua vida muda quando encontra três órfãs que o fazem conhecer o amor e a alegria da família.
Apesar de ser um filme destinado ao público infantil, Meu Malvado Favorito também aborda temas mais adultos, como a sexualidade. Ao longo da trama, são apresentados diversos personagens com diferentes orientações sexuais e referências à sexualidade são feitas com frequência.
No entanto, é importante questionar como essas temáticas são abordadas e quais são as possíveis mensagens que o filme traz sobre o assunto.
Ao analisarmos a representação do sexo no filme, podemos perceber que há uma diversidade de personagens que foge dos estereótipos tradicionais. Um exemplo disso é o personagem Dr. Nefário, assistente de Gru, que é apresentado como crossdresser - ou seja, uma pessoa que gosta de se vestir com roupas do sexo oposto.
Além disso, é possível vermos referências à comunidade LGBTQ+ em diversos momentos do filme. Um exemplo disso é a cena em que dois minions se beijam, o que pode ser interpretado como uma representação de um casal homoafetivo.
No entanto, apesar destas representações, é possível identificar alguns estereótipos perpetuados pelo filme. Um exemplo disso é a personagem Lucy, agente especial que se une a Gru na missão de salvar o mundo. Lucy é apresentada como uma mulher forte e independente, mas em diversas cenas é mostrada de forma sexualizada, o que pode ser visto como um estereótipo da mulher objeto.
Outro exemplo é o personagem El Macho, vilão que possui uma personalidade hiper-masculinizada e é retratado como um sedutor irresistível. Esse modelo de masculinidade tóxica pode ser prejudicial na formação de ideias sobre relacionamentos e sexualidade, principalmente para o público infantil.
Em resumo, é possível perceber que Meu Malvado Favorito aborda a temática da sexualidade de forma ampla e diversa, apresentando personagens que fogem dos estereótipos tradicionais. No entanto, também é possível identificar estereótipos que perpetuam modelos de masculinidade tóxica e objetificação da mulher. Portanto, é importante analisarmos com cuidado as mensagens que recebemos dos filmes que consumimos, problematizando o que acreditamos ser positivo e negativo.
